8 de maio de 2012

Lacan.

Eu só conhecia Lacan de ouvir falar, Só de nome. Aí ouvi uma frase dele. Quando a frase bateu no meu ouvido, fiquei meio zonzo. Ela diz o seguinte: “Quem ama, mente”. Confesso que quase vomitei, pois sempre pensei ao contrário. Não sei quanto tempo durou a zonzeira. Pareceu uma eternidade. Pensei comigo: “esse tal de Lacan é doido varrido”. Será que ele falou da mentira bondosa? É, aquela mentirinha inofensiva? Esse Lacan devia manjar um votado de mentira. Afinal, uma conclusão ou frase como esta, Só podia ser proferida por um conhecedor da psique humana. Resolvei, a partir da frase dele, fui dar uma checada para saber o quanto fui amado. Olha tiveram algumas que me amaram muito pouco. Mas muito pouco mesmo. Mentiam aqui, ali, acolá, mas além de serem pequeninas, não eram nada freqüentes. Claro que citou dando um descontinho, pois talvez elas tenham mentido Tão bem que eu não percebi. Por outro lado, depois que dei mais algumas Olhadelas na minha trajetória pessoal, cheguei à conclusão que fui um homem muito, muito, muito amado. Tive cada mentirosa de dar inveja em pescador. Reconheci todas as mentirão, que até hoje não entendi Porque elas aconteceram. Afinal, mentira tem pernas curtas. Lacan ficaria feliz da vida, ao conhecer as minhas Mentirosas de plantão. Coletei inúmeras mentiras. Tem de tudo. As mais curiosas são as ridículas, aquelas que além de banais, dão na cara. Não dá nem para disfarçar de tão ridículas que são. Têm outras mais pesadas e comprometedoras. Chegam a ser desrespeitosa, pois quem criou a mentira que todo mundo vai acreditar. Ora bolas! Um dia ainda vou fazer um programa de auditório, onde tenha Um quatro intitulado de: “seu mentirão vale um milhão”. Duvido que façam frente as que conhecem. Olhando assim, acho que Lacan está certo. Quem ama, mente. Eu particularmente também gosto muito Da frase: “Quem ama não mente”. Será que é possível que isto seja verdade? As utopias pegam a gente. Como Lacan era humano, Podia estar errado na sua afirmação. Vai saber. Enquanto não concluo nada, vou recusando outras mentiras, em outras palavras, declarações de amor. Eu também vou aumentar o meu repertório de mentiras, Para demonstrar a quem amo, que a amo muito, muito, muito, muito. Criarei mentiras de todos os tamanhos, matizes,... É um jeito interessante de falar de amor Ao outro. Você que está lendo o que escrevi, fique a vontade para viver a frase de Lacan. Eu prefiro ficar com as duas possibilidades. A de quem mente e a de quem não mente. Dependendo a situação, tu aplicas a tese Que te interessa. Cafajeste é pouco.

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